Confira as principais movimentações desta semana | 03/09/2021
A semana iniciou com a agenda movimentada. Foram divulgados dados macroeconômicos relevantes, como resultado primário e PIB.
A votação do texto da Reforma Tributária pela Câmara também chamou a atenção dos mercados. Nesse contexto, o Ibovespa registrou queda de 2,48% no mês.
Nos EUA, apesar dos dados de criação de empregos terem vindo abaixo do esperado, as bolsas seguem apoiadas na última declaração de Jerome Powell, presidente do Fed.
Principais acontecimentos da semana:
Macroeconomia
O resultado primário referente ao mês de julho foi divulgado na segunda-feira (31): o déficit de R$ 10,3 bilhões veio melhor que a expectativa média de déficit de R$ 16 bilhões. Considerando os últimos 12 meses, o déficit primário está acumulado em R$ 234,668 bilhões, 2,89% do PIB. Considerando apenas o resultado do Governo Central, houve um aumento de 41,4% nas receitas e uma diminuição de 18,1% dos gastos em relação ao mês anterior.
Durante a semana também houve divulgação dos dados referentes ao PIB do segundo trimestre. Em relação ao primeiro trimestre de 2021 praticamente não houve mudança, com uma queda de 0,1%. Já em relação ao mesmo período de 2020, o crescimento de 12,4% atendeu as expectativas, dada a menor base registrada durante a pandemia.
Pela ótica da oferta, o setor agropecuário e de indústria registraram queda de 2,8% e 0,2%, respectivamente. O setor de serviços, com maior representatividade na composição do PIB, compensou com um crescimento de 0,7%. Em relação ao mesmo período de 2020, todos os setores registraram alta.
Já na ótica da demanda, o consumo das famílias com maior representatividade no PIB não sofreu alteração. A queda de 3,6% nos investimentos foi compensada pelo aumento de 0,7% nos gastos do governo. Em linha com o resultado primário apresentado, a comparação com o mesmo período de 2020 registrou queda de 2,6% nos gastos do governo, 0,4% no consumo das famílias e 12,8% de aumento nos investimentos.
Reforma Tributária
Na última quarta-feira (01), o texto base para a Reforma Tributária foi aprovado pela Câmara. Para empresas, houve um corte de sete pontos percentuais, de 15% para 8%, na alíquota do Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ). Empresas do Simples Nacional e do Lucro Presumido, com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano, permanecem isentas. A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) tem um corte previsto de dois pontos percentuais. O pagamento de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) deixa de existir e os dividendos passam a ser tributados sob a alíquota de 15%.
Pela ótica das empresas, as diminuições das alíquotas de IRPJ e CSLL são compensadas pela tributação de dividendos.
Pessoas físicas mantém o direito da declaração no formato simplificado sem limite de renda, porém o limite do desconto nesse formato cai de R$ 16.754,34 para R$ 10.563,60.
Payroll
Os dados de criação de empregos nos EUA vieram consideravelmente abaixo das expectativas: foram criadas 235 mil novas vagas no mês de agosto, contra a estimativa de 750 mil. A taxa de desemprego registrou leve queda, de 5,4% em julho para 5,2% em agosto. Apesar da atenção aos movimentos da inflação, o mercado segue apoiado na última declaração de Jerome Powell, presidente do Fed, sobre a não retirada dos estímulos monetários. Os índices Nasdaq, Dow Jones e S&P mantém a tendência de alta.
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