Confira as principais movimentações desta semana | 10/09/2021
Com feriados tanto no Brasil quanto nos EUA, os principais acontecimentos ficaram concentrados entre quarta (08) e quinta-feira (09).
No Brasil, os desdobramentos das manifestações foram responsáveis pela alta volatilidade na bolsa. Houve a maior queda desde a decisão do STF que tornou Lula elegível. O cenário econômico mundial segue em trajetória de recuperação.
Principais acontecimentos da semana:
Manifestações
A semana começou com movimentos fracos no mercado, tanto devido ao feriado de 7 de Setembro, quanto ao feriado nos EUA na segunda-feira (06). A expectativa estava em torno dos desdobramentos das manifestações. Como ponto positivo, os movimentos foram pacíficos por parte da população, apesar do discurso mais rígido do presidente Jair Bolsonaro. Já na quarta-feira (08), o pico de instabilidade foi no período da tarde. A tensão entre os Poderes poderia levar mais uma vez a uma não priorização de pautas consideradas importantes pelo mercado: precatórios, teto de gastos e reforma tributária. Como agravante, havia ainda a possibilidade de greve dos caminhoneiros, que vinham ameaçando uma invasão ao STF em apoio ao presidente. Ainda na quarta-feira, Bolsonaro pediu que não houvesse paralização, dados os efeitos negativos na economia. Nesse contexto, o Ibovespa fechou o dia com queda de 3,78%, a maior desde a decisão do STF que tornou Lula elegível. O dólar fechou em alta de 2,88%.
Após diálogo com o ex-presidente Michel Temer na quinta-feira (09), Bolsonaro redigiu uma “Carta à Nação”. Nesse documento, Bolsonaro adotou um tom mais pacificador, comprometendo-se a respeitar os Três Poderes. O Ibovespa fechou o dia com alta de 1,72%, revertendo parte das quedas do dia anterior.
IPCA
Os dados referentes ao mês de agosto foram divulgados na manhã da quinta-feira (09). Houve alta de 0,87% mês contra mês e, no acumulado de 12 meses, a alta é de 9,68%. Ambos os dados vieram acima das expectativas. O mercado começou a precificar um aumento nas curvas de juros de curto prazo. Para a próxima reunião do Banco Central, espera-se uma alta entre 1,25 e 1,5 pontos percentuais na Selic. A expectativa anterior era de apenas 1 ponto.
Cenário mundial
Há uma continuidade da tendência de recuperação econômica, monitorada pelos principais Bancos Centrais. Na Europa, houve a sinalização que ainda haverá estímulos monetários, em que são injetados mensalmente cerca de 80 bilhões de euros na economia. A expectativa é que o tapering europeu aconteça entre dezembro e março.
Nos EUA, apesar dos dados de criação de empregos terem vindo muito abaixo das expectativas na última semana, os dados semanais de pedidos de seguro-desemprego chegaram a um novo mínimo desde o início da pandemia.
Na esfera política, houve uma conversa telefônica entre Joe Biden e o presidente chinês Xi Jinping. O diálogo girou em torno do gerenciamento entre a relação competitiva dos EUA e China, a fim de evitar os conhecidos conflitos comerciais entre os países.
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