Brasil: desemprego cai para 8% no 2° trimestre; dívida pública sobe para 59,1% do PIB
A última semana de julho trouxe uma série de indicadores econômicos relevantes no cenário doméstico, com destaque para a divulgação dos dados de desemprego e da dívida líquida do setor público nesta sexta-feira (28).
Desemprego
A taxa de desemprego recuou para 8% no trimestre móvel encerrado em junho deste ano, ante 8,8% no trimestre imediatamente anterior, encerrado em março. O número de desocupados ficou em 8,6 milhões, enquanto o número de pessoas ocupadas cresceu 1,1% na comparação trimestral, para 98,9 milhões, com destaque para o crescimento dos trabalhadores informais. O rendimento real médio do trabalhador se manteve estável com relação ao trimestre anterior, em R$ 2.921.
A redução do desemprego é um dado positivo para o Brasil, país que convive com taxas relativamente altas de desocupação desde 2015, e sinaliza uma continuidade do movimento de retomada do emprego observado no ano passado. Além disso, com o ciclo de cortes na Selic se aproximando, podemos esperar um impacto positivo na atividade econômica, o que pode se converter em criação de empregos ao longo dos próximos trimestres.
Dívida Pública
A dívida líquida do setor público, por sua vez, aumentou de R$ 5,936 trilhões em maio para R$ 6,096 trilhões em junho, o que equivale a 59,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Já a dívida bruta se manteve estável em 73,6% do PIB, ou R$ 7,594 trilhões.
Segundo o Banco Central, a valorização do real ante o dólar, o crescimento do déficit primário e a variação dos juros nominais foram os principais fatores que contribuíram para o crescimento da dívida líquida e manutenção da dívida bruta. Vale lembrar que o governo federal registrou déficit de R$ 45,2 bilhões em junho deste ano, acima das projeções.
Apesar do crescimento da dívida, investidores estrangeiros seguem otimistas com o futuro do Brasil, monitorando o avanço da agenda de reformas.