China tem alívio com inflação e dado de empréstimos; minério de ferro sobe 2,41% em Dalian
Após semanas de incerteza e dados negativos, os mercados chineses tiveram um pouco de alívio nesta segunda-feira (11), com uma série de dados que trazem um pouco de otimismo para a segunda maior economia do planeta.
Em primeiro lugar, a inflação ao consumidor avançou 0,1% em agosto com relação ao mesmo período do ano anterior, número ainda fraco, mas melhor do que o recuo de 0,3% observado na leitura anterior. Vale lembrar que, ao contrário da maioria dos países, a China vem sofrendo com taxas de inflação abaixo da meta, e tem atuado com o intuito de aquecer a atividade econômica, o que faz com que a alta da inflação seja vista como positiva pelo mercado local.
Além disso, o índice de inflação ao produtor reduziu a queda anual de 4,4% na leitura de julho para 3,0% na leitura de agosto, também sinalizando um reaquecimento da atividade econômica.
Outro dado que contribuiu para a melhora das expectativas do mercado foi o crescimento do volume de novos empréstimos na China, que totalizou 1,36 trilhão de yuans em agosto, o que equivale a US$ 188,6 bilhões. O número superou as projeções, que giravam em torno de 1,2 trilhão de yuans, e sinaliza um crescimento na demanda por crédito no país.
A possível melhora da situação econômica chinesa é de grande interesse dos investidores brasileiros, uma vez que a China é nosso principal parceiro comercial e responsável pela compra de grandes volumes de commodities brasileiras, além de ser um mercado que exerce forte influência nos preços praticados nos mercados internacionais.
Por fim, o preço da tonelada do minério de ferro negociado na Dalian Commodity Exchange avançou 2,41% nesta segunda-feira, encerrando a sessão a US$ 116,80. Acompanhando o movimento, as ações da Vale (VALE3) e das siderúrgicas abriram a semana em forte alta.