Galípolo é indicado à presidência do Banco Central a partir de 2025
Nesta quarta-feira, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad confirmou a indicação de Gabriel Galípolo à Presidência do Banco Central a partir de 2025. O nome do atual Diretor de Política Monetária da instituição já era amplamente aguardado pelo mercado e ajuda a dirimir dúvidas em relação à política monetária a partir do próximo ano.
Como são escolhidos os nomes para o Banco Central?
A direção do Banco Central, que coincide com a composição do Copom, é composta por 9 membros: o presidente da instituição e mais 8 diretores. Todos eles são indicados pelo Presidente da República e aprovados por sabatina no Senado Federal.
A partir da vigência da nova lei que confere autonomia ao Banco Central, os diretores da instituição têm mandato de 4 anos não coincidentes com o do Presidente da República. A cada ano, dois novos diretores são indicados pelo chefe do executivo federal e entre o 2º e o 3º ano do mandato presidencial (2025), também o presidente da instituição será trocado.
Qual a importância desta indicação?
A partir de 2025, os membros do Copom indicados pelo Presidente da República irão somar a maioria do colegiado. Este grupo terá peso importante na definição das taxas de juros com o objetivo de levar a inflação à meta.
A nomeação de Galípolo como presidente da instituição retira parte das dúvidas do mercado em relação a decisões de caráter mais político do que técnico. As declarações mais recentes do novo indicado têm apresentado um viés bastante conservador, indicando inclusive a possibilidade de altas nos juros para desacelerar os preços ao consumidor.
Quais são os próximos passos?
Antes de assumir a presidência do Banco Central, o nome de Gabriel Galípolo ainda precisa passar por sabatina e aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) Senado Federal. Além disso, a definição não esgota totalmente as incertezas em relação à composição da autoridade monetária a partir do ano que vem. Adicionalmente, precisam ser definidos os nomes dos 2 diretores cujo mandato termina no final deste ano, além do indicado à substituição de Galípolo na Diretoria de Política Monetária.