Inflação acelera para 3,7% nos EUA; núcleo vem acima do esperado
A inflação ao consumidor (CPI) avançou 0,6% em agosto nos Estados Unidos, em linha com o esperado, fazendo com que a inflação acumulada nos últimos 12 meses acelerasse para 3,7%, ante 3,2% na leitura anterior. De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, os preços dos combustíveis, principalmente da gasolina, foram os principais responsáveis pela alta do índice.
Os preços da energia tiveram a maior alta do período, subindo 5,6% no mês. A alta foi puxada pelo aumento da gasolina, das commodities energéticas e do óleo combustível, enquanto os preços da energia elétrica tiveram uma alta pouco significativa. Os custos com alimentação, por sua vez, subiram 0,2%, em linha com o observado nos últimos meses.
O núcleo da inflação, que exclui os custos de energia e alimentos, avançou 0,3% no mês, com altas expressivas em transportes e cuidados médicos. Esse segmento veio acima do esperado (+0,2%), e acumula alta de 4,3% com relação ao mesmo período do ano anterior.
Tendo em vista que a alta da inflação em agosto se deve a um aumento nos preços de combustíveis e commodities energéticas, o CPI de agosto não deve alterar os planos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para a condução da política monetária no país.
O Federal Open Market Committee (Fomc) deve anunciar sua decisão para as taxas de juros na próxima quarta-feira (20), e o mercado segue na expectativa pela confirmação do encerramento do ciclo de alta dos juros ou pelo anúncio de mais uma elevação de 0,25 ponto percentual ainda em 2023.