EUA: núcleo da inflação medida pelo PCE avança 0,2% em julho
O núcleo da inflação medida pelo índice de preços PCE (Despesas com Consumo Pessoal, em tradução livre) avançou 0,2% em julho deste ano com relação a maio, e acumula alta de 4,2% nos últimos 12 meses, de acordo com informações divulgadas pelo Departamento do Comércio dos EUA.
O PCE é o índice de inflação mais relevante para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), sendo, portanto, o que mais influencia as decisões de política monetária.
O resultado do índice veio em linha com o esperado, tanto olhando para o núcleo quanto para o PCE como um todo, que também teve alta de 0,2% no mês, avançando 3,3% com relação a julho de 2022. Vale lembrar que o núcleo é composto pelos mesmos grupos que integram o índice geral, com exceção de alimentos e energia, considerados mais voláteis.
Na comparação anual, os preços dos bens caíram 0,5%, enquanto os preços dos serviços tiveram alta de 5,2%. Os preços dos alimentos registraram alta de 3,5%, já os preços da energia caíram 14,% em relação a julho do ano passado.
A renda pessoal mensal avançou 0,2% no mês, ligeiramente abaixo das projeções (+0,3%), enquanto os gastos pessoais tiveram alta de 0,8% no período, superando as estimativas (+0,7%).
Além do PCE, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou nesta quinta-feira (31) que o número de pedidos iniciais por Seguro-Desemprego no país foi de 228 mil na última semana, ligeiramente abaixo do esperado, enquanto o número de pedidos contínuos ficou em 1,725 milhão, superando as projeções.
Tanto os dados de inflação quanto os dados de emprego divulgados nesta quinta-feira vieram em linha ou muito próximos das projeções do mercado, o que significa que não houve nenhuma surpresa para as autoridades monetárias dos Estados Unidos. Os membros do Fed seguem analisando o cenário econômico local e o internacional em busca de informações que possam afetar o futuro da política monetária dos EUA.
Por ora, as expectativas se dividem entre o encerramento do atual ciclo de alta dos juros no patamar atual, entre 5,25% e 5,50% ao ano, ou mais uma elevação de 0,25 ponto percentual das taxas ainda neste ano.