Agronegócio: crédito rural e inovação através de CRA
A dinâmica produtiva do agronegócio brasileiro evoluiu exponencialmente nas últimas décadas. Em busca da liderança da produção mundial, é preciso dar a devida atenção às exigências dos consumidores modernos.
No cenário projetado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o desempenho para os próximos anos será pautado nos investimentos em insumos, logística, sustentabilidade, tecnologia e diversificação da produção para agregar valor ao setor.
Como conseguir crédito rural?
Historicamente, o alicerce do agro vem das linhas de repasses de recursos dos bancos e BNDES. Contudo, a redução desses grandes subsídios obrigatórios e a insuficiência do Plano Safra abriu margens para o surgimento de novas fontes de financiamento para custeio, industrialização e investimentos.
No último ano, o Certificado de Recebível do Agronegócio, conhecido como CRA, ganhou destaque pela independência dos caixas dos bancos e políticas públicas. É um acesso direto do investidor para que tanto pessoa física como jurídica através de fundos de investimento e multi family offices apliquem nos negócios do produtor rural, sendo remunerados com os juros cobrados nos CRAs. A disponibilização dos títulos no mercado cabe a uma instituição como a Lifetime, que conta com especialistas na área.
A estrutura é regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e possui diversos critérios de controle de garantia e transparência com auditorias terceirizadas para dar credibilidade ao papel. Com uma emissão de CRA as empresas são inseridas no Mercado de Capitais, o que traz, além do acesso a linhas de crédito, uma maior visibilidade da companhia, o que atrai mais investidores. É um ganha-ganha para o empresário do agronegócio.
Inovação em ESG
Uma nova tendência para potencializar a sigla ESG (ambiental, social e governança, em português) é o CPR Verde, aprovado pelo governo federal em outubro de 2021. Trata-se de um título de crédito criado para ajudar produtores a financiar atividades de reflorestamento e manutenção de vegetação nativa em propriedades rurais. Na prática, o produtor pode vender títulos de crédito para manutenção e preservação de florestas dentro da propriedade rural em troca de remuneração financeira, a qual pode ser usada para financiar a próxima safra, por exemplo.
A novidade mexeu com o mundo ESG e as iniciativas financeiras viáveis para aumentar a preservação ambiental. Tendência no mundo, a pauta chegou no mercado de capitais e a CPR Verde abriu um novo precedente e uma grande tendência no universo ESG: a criação de CRAs com CPRs Verdes, uma oportunidade de incentivar a preservação ambiental dos produtores rurais e criar uma opção viável de investimento com isenção de imposto de renda para investidores de todos os portes.
Via de mão dupla
Em estudos realizados para estimar qual o montante necessário para financiar o agro em 5 anos, há uma oscilação no valor que fica entre R$600 e R$900 bilhões, o que caracteriza uma discrepância considerável. Em consenso, os participantes e órgãos envolvidos afirmam que produtores não podem mais depender de uma única fonte se desejam acelerar os negócios. Na verdade, recursos públicos e privados são complementares e, com uma assessoria de qualidade para usufruir dos diferentes instrumentos disponíveis, os resultados são proveitosos.
Obter financiamento junto ao Mercado de Capitais é o grande campo a ser explorado. Especialmente em 2022, a principal preocupação envolve os custos de produção. É consenso entre os especialistas que haverá uma redução das margens de lucro e cabe aos produtores buscar estratégias eficientes não só para a próxima safra, mas a médio e longo prazo.
Já para os investidores, esta é uma oportunidade de se beneficiar do retorno desse investimento, com diversas opções disponíveis que requerem uma boa análise para garantir a diversificação da sua carteira com boas escolhas no mercado interno.
O que fica claro é que o financiamento através do Mercado de Capitais veio para ficar, com o objetivo de auxiliar o produtor com condições atraentes e alternativas que melhorarão a concorrência, trazendo a otimização dos custos de captação e dispondo de caixa para investir e melhorar ainda mais a eficiência das nossas lavouras.
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