Análise de Mercado | Comentário Semanal – 26/09/2022
Confira as principais movimentações
19 a 23 de setembro
No cenário internacional, petróleo cai com o call de juros mais forte nos EUA, somado ao risco de uma maior recessão. E o FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) elevou a taxa de juros em 75 bps, atingindo um intervalo entre 3% a 3,25%. Confira mas destaques dessa semana.
Petróleo
Como os PMIs (Índices de Gerentes de Compras) compostos da zona do euro e do Reino Unido saíram com o menor nível em 20 meses, há uma percepção de que a Europa pode entrar em uma recessão antes do imaginado e talvez até maior.
Com o call de juros mais forte nos EUA, e agora, somado ao risco de uma recessão maior, o petróleo cai.
Reino Unido
O Comitê de Política Monetária aumentou a taxa de juro em 50bps para 2,25% a.a., porém, a decisão vem mostrando um descontrole: 5 votaram em subir 50 bps; 3 votaram em 75 bps e 1 em 25 bps.
No discurso foi mencionado o seguinte: Caso a perspectiva sugira pressões inflacionárias mais persistentes, incluindo de demanda mais forte, o BOE responderá com força, conforme necessário.
Além da alta dos juros, o governo também criou um pacote fiscal que contempla o corte de impostos, como o custo de energia e gás para empresas.
Suíça
O Banco Nacional Suíço (BNS) subiu a sua taxa básica de juros, de negativa para positiva, pela primeira vez desde janeiro de 2015. Esse aumento visa combater uma inflação de 3,5%, sendo que o objetivo é permanecer entre 0 e 2%.
Como vemos, estamos enfrentando juros mais altos no mundo. Na semana passada tivemos algumas altas nos EUA, Suíça, Suécia, Inglaterra, Noruega, Filipinas, Indonésia e África do Sul.
Neste momento, para acabar com a era de juros negativos, falta apenas o Japão, que ainda não subiu os juros e vem sofrendo com a desvalorização da sua moeda.
EUA – Juros
O FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) elevou a taxa de juros em 75 bps, atingindo um intervalo entre 3% a 3,25%.
Jerome Powell, presidente do Fed, reforçou que o comitê planeja deixar a taxa elevada por mais tempo e vê riscos em cortes prematuros. As projeções do FOMC (Dots) prevê taxa de 4,4% para 2022 e 4,6% em 2023, entrando num patamar que o FOMC considera “suficientemente restritivo”.
Por sua vez, o aperto monetário seria acompanhado de um menor crescimento (0,2% em 2022 e 1,2% em 2023), além de alta de desemprego (4,4% em 2023). A inflação convergiria para próximo da meta apenas em 2024 (2,3%).
EUA – PMI – índice de compras
Um dos termômetros mais atualizados da atividade econômica com referência ao mês de setembro, voltou a melhorar no final do trimestre. O PMI Composto (que agrega indústria e serviços) acelerou para 49,3 pontos, vindo de 44,6 pontos, abaixo de 50, mas se recuperando rápido. Ou seja, a economia segue robusta, sugerindo inflação alta e continuidade no aperto monetário.
Brasil: Curva Pré, a vista, 5 e 30 dias
Devolveu um pouco na sexta, mas segue perto da mínima recente.
Brasil: Curva NTNB, a vista, 5 e 30 dias
Mesmo com a confirmação da deflação para set/22, curva de NTNB ficou estável.
(Referencias: Broadcast, Bloomberg e BTG Pactual)
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