Análise de Mercado | Comentário Semanal – 02/05/2022
Confira as principais movimentações
25 a 29 de abril
O Ibovespa fechou em baixa de -2,9%, já o Dólar fechou a semana com alta de +3,1% em relação ao Real, em R$ 4,98/US$.
Os impactos do lockdown na economia da China, as decisões do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) e os juros dos EUA foram os principais destaques no cenário internacional. No Brasil, a repercussão da alta na inflação versus juros, continuam movimentando as notícias, além do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias.
China
A divulgação de dados piores com relação ao número de casos de COVID-19 e o aumento do lockdown continua impactando a economia chinesa e refletindo na expectativa, um pouco pior, para as demais economias.
Dado isto, o mercado espera por mais incentivos do Governo chinês.
Conselho do Banco Central Europeu (BCE)
A inflação ao consumidor na zona de euro subiu em ritmo recorde anual de 7,5% em abril. Esse dado faz pressão para o início da subida de juros antes do quarto trimestre de 2022. Relembre aqui todas as conclusões da última reunião do BCE.
Juros EUA
No início do mês, ouvimos bastante sobre uma possível recessão nos EUA, pois das últimas 9 vezes que o Fed começou a aumentar a taxa de juros, tivemos recessão em 3 casos. A taxa de juros de 10 anos maior do que a taxa de 2 anos costumava ser um sinal de recessão. Lembramos que hoje, o Fed compra bastante títulos do tesouro, além de mais fluxo de recursos em uma praça menor (saída da Rússia).
Brasil: Inflação vs Juros
Dado os acontecimentos passados: IPCA de março que quase superou 30 pontos-base e os impactos da fala de Campos Neto. Os efeitos dos juros altos vão comecar a impactar a economia brasileira.
A queda na cotação do dólar também ajuda a conter a inflação, assim como a expectativa que não se mantém altista.
O IPCA-15 saiu em 1,73% e a expectativa 1,84%. Onde as maiores contribuições foram transporte e alimentos (impacto do aumento da Gasolina) esses itens representam 70% do resultado.
Ainda sobre os discursos do Banco Central, Campos Neto havia dito que o pico da inflação seria em abril e maio. Porém, com a antecipação dos impactos do aumento dos combustíveis, entendemos que esse pico mudou para março e abril.
Também entendemos que na próxima reunião do COPOM, a Selic fique em 12,75%, com pouca possibilidade de chegar em 13,25%, tudo depende dos novos dados de inflação. Pois o Banco Central quer encerrar o ciclo de alta e o IGPM saiu mais fraco do que a expectativa.
O que acompanhar nos próximos dias?
- Andamento da proposta do PLDO 2023.
- A MP que aumenta a tributação dos bancos para liberar o Refis (programa de parcelamento de débitos tributários) para os microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas.
- A decisão do presidente Jair Bolsonaro em reajustar em 5% os salários de todos os servidores a partir de julho. O porcentual foi acordado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em reuniões entre 16 e 17 de abril.
- Os funcionários do Tesouro podem cruzar os braços em protesto.
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