Análise de Mercado | Comentário Semanal – 16/05/2022
Confira as principais movimentações
09 a 13 de abril
O Ibovespa fechou em alta de +1,7%, já o Dólar fechou a semana com queda de –0,36% em relação ao Real, em R$ 5,06/US$.
Os temores sobre uma política monetária mais apertada nos EUA, a desaceleração das atividades na China e a continuação da guerra na Ucrânia foram os principais destaques no cenário internacional. No Brasil, a valorização do câmbio e a ata do Copom movimentaram as notícias no país.
Mercado Global
Os mesmos vetores que permearam os últimos meses, permanecem no cenário econômico mundial na semana:
- Os temores sobre uma política monetária mais apertada nos EUA, em meio à persistência inflacionária.
- A Política Covid zero desacelerando as atividades chinesas e, por consequência, impactando o mercado global.
- A continuação da guerra na Ucrânia tem feito o investidor procurar alternativas em busca de um porto seguro.
China
A quarta maior incorporadora da China em vendas está se aproximando de um possível calote, já que a crise de liquidez do setor não mostra sinais de afrouxamento, apesar das promessas de apoio do governo.
Perto do último fim da semana, as autoridades de Pequim descartaram lockdown na cidade, enquanto Xangai planeja alcançar o fim da transmissão comunitária do vírus entre os dias 11 e 20 de maio. A cidade passa a reabrir, parcialmente, o comércio.
O mercado chinês espera mais incentivos do Governo, como o corte da taxa de financiamento imobiliário para a compra do primeiro imóvel. Notícia encarada como positiva para a economia.
CPI – EUA
A variação do índice de preços do consumidor (CPI) foi de 0,3% em abril, ante crescimento de 1,2% em março, ficando 0,1 p.p. acima do consenso de mercado. Por sua vez, a taxa de inflação nos últimos 12 meses acumulou alta de 8,3%, desacelerando em relação ao mês anterior, entretanto, segue próxima da maior variação anual em quarenta anos. O resultado também veio pior que o esperado pelo mercado, cuja expectativa era de uma inflação acumulada de 8,1% em abril.
Esta leitura aponta para pressões inflacionárias bastante disseminadas em toda a economia americana, registrando o sétimo mês consecutivo em que a variação de preços nos EUA se encontra acima de 6,0%, substancialmente acima da meta de longo prazo de 2,0%.
Brasil: Câmbio / Real
Nesta semana, o indexador DXY (cesta de moedas contra o dólar) trabalhou acima da máxima de 20 anos.
No Brasil, o câmbio teve uma valorização, porém bem contida em relação a máxima. Estamos tendo um fluxo negativo, aversão ao risco, mas o Real está bem-comportado.
Ata: Banco Central do Brasil
O Copom discutiu as razões das diferenças de projeções do cenário referência entre suas projeções de inflação e as expectativas do mercado financeiro, que têm ficado mais altas em relação as do comitê.
“a inflação corrente alta tem contaminado as expectativas de maior prazo além do esperado”.
reversão mais lenta da inflação de bens industriais, “decorrente de sucessivos choques sobre as cadeias globais de produção”.
O BC também concluiu que diferentes hipóteses para a taxa de juros neutra têm impactos sobre as projeções, “embora modestos no horizonte relevante”.
“Por fim, os impactos inflacionários de diferentes hipóteses referentes à convergência entre o preço dos derivados e o preço do petróleo também se mostraram relevantes”, destacou.
Setor de Serviços
As últimas divulgações econômicas têm mostrado que o país segue na trajetória de recuperação. Uma vez que, o setor de serviços mostrou crescimento de 1,7% e a expectativa era 0,8%. Vale ressaltar que esse dado ajuda bastante nos resultados de algumas empresas que, por sua vez, tem bons reflexos no PIB.
Uma boa evidência disso, são as revisões das casas de análises, como o BTG que até o momento trabalha com 1% de alta no PIB, mas dado a surpresa positiva passará para prováveis 1,2%.
O que acompanhar nos próximos dias?
- Reabertura do comercio em Xangai.
- Possível entrada da Finlândia e Suécia na OTAN.
- Inflação EUA
- Inflação no Brasil – No ano, o IPCA acumula +4,29% e, nos últimos doze meses, +12,13%, acelerando frente o 11,30% visto em março.
- Greve dos Servidores do Banco Central, Tesouro Nacional e possivelmente outros.
- Possível reajuste da gasolina com o aumento do diesel na semana passada – Greve dos Caminhoneiros.
- Reforma tributária mais enxuta.
- Camex (Câmara de Comércio Exterior) anunciou corte temporário de tarifas de importação de 11 produtos, medida que também ajuda a conter a inflação.
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