Análise de Mercado | Comentário Semanal – 04/07/2022
Confira as principais movimentações
27 a 01 de julho
A inflação europeia crescente, foi um dos destaques no cenário internacional. No Brasil, surpresas positivas com criações de vagas e queda na taxa de desemprego movimentaram as notícias no país
Mercado Global
O fim de semestre chega com inflação constantemente mais alta e a atividade econômica global perdendo o fôlego. Bancos Centrais reafirmam seus compromissos com aperto monetário e os riscos de recessão aumentam. Há sinais de ruptura para fundos e ativos alavancados, levando os investidores para uma aversão ao risco bem maior.
Entende-se que o mercado está expurgando aqueles que se expuseram mais ao risco e agora, pode começar uma estabilização, vamos acompanhar.
Petróleo
Estoques de petróleo nos EUA seguem em níveis consideravelmente baixos. As restrições de oferta dos Emirados Árabes Unidos estão próximas do limite de produção da commodity.
Em contrapartida G7 (França) pede para reinserir Irã e Venezuela. Ao passo que Joe Biden, pede aos países do Golfo Pérsico que aumentem suas produções de petróleo.
China
O país anuncia corte nos preços de combustíveis. Segundo Banco de Compensações Internacionais (BIS), uma espécie de banco central dos bancos centrais, afirma que o Brasil pode ser o emergente mais afetado pela desaceleração da China.
No ano passado, a economia chinesa cresceu 8,1%, mas esse ritmo já desacelerou para 4,8% no primeiro trimestre de 2022.
Hoje, a maioria do mercado trabalha com crescimento em torno de 3,9% / 4,2%.
EUA
Instituto de Finanças Internacionais (IIF), que reúne os maiores bancos do mundo, alertou que a possibilidade de recessão está aumentando. Já o Fed de Atlanta aponta chance de contração de 2,1% do PIB americano para o segundo trimestre – indicando recessão técnica.
Europa
Nos últimos comentários, já havíamos mencionado sobre a visualização de um atraso (mais dovish) por parte do BCE. Bem diferente do Federal Reserve, que tem sido mais claro nas suas ações.
Abaixo, a inflação em 12 meses
- 8,1% em maio
- 8,6% em junho
- Pico em setembro de 9,5%
- Fechando o ano em 7,5%
- Meta 2%
A Capital Economics eleva a projeção de inflação da zona do euro de 3% para 4% em 2023 e de 2% para 3% em 2024. Nesta semana, a presidente do BCE, Christine Lagarde, reiterou elevar os juros em julho e setembro.
Brasil
Surpresas positivas com criações de vagas no país. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), acelerou 290 mil em maio, com desempenho sólido em praticamente todos os setores.
A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, apresentou queda substancial da taxa de desemprego. Isso significa uma firme recuperação da população ocupada, com avanços nas categorias formais e informais. Há uma projeção de melhora para o PIB 2022, 1,5% com viés positivo. Essa melhora acontece pela força do mercado de trabalho e medidas ficais de curto prazo. Considera-se um dado bom para o comércio, porém, ruim para inflação.
Este material foi preparado pela Lifetime Asset e tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas, ele não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra ou venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações nele contidas baseiam-se nas melhores informações disponíveis, recolhidas a partir de fontes oficiais ou críveis. Este material é para uso exclusivo de seus receptores e seu conteúdo não pode ser reproduzido, redistribuído, publicado ou copiado de qualquer forma, integral ou parcialmente, sem expressa autorização Lifetime Asset. A Lifetime Asset não se responsabiliza, e tampouco se responsabilizará por quaisquer decisões, de investimento ou de outra forma, que forem tomadas com base nos dados desse material. Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros.