Análise de Mercado | Comentário Semanal – 21/03/2022
Confira as principais movimentações
14 a 18 de março
O Ibovespa fechou a semana em alta de 3,22%, aos 115.310 pontos. Os principais índices de Nova Iorque fecharam em alta, com os maiores ganhos desde novembro de 2020: o S&P 500 subiu 1,17%, o Nasdaq, +2,05% e o Dow Jones +0,80.
O conflito Rússia x Ucrânia tem mostrado seu potencial para avivar as pressões inflacionárias ao redor do mundo. No Brasil, isso se revela com a decisão do Copom em aumentar a taxa Selic pela nona vez consecutiva. Nos EUA, as previsões de juros se reajustaram para taxas acima do neutro.
Federal Reserve
O FOMC decidiu pela alta de 0,25% na taxa de juros, a primeira desde 2018. O aumento já era esperado pelo mercado, porém o que marcou essa reunião foi a promessa de seis altas consecutivas e a redução de seu balanço patrimonial.
O gráfico de pontos mostrou que sete dirigentes preveem juros na faixa de 2% ou mais até o fim de 2022. Para o ano de 2023, cinco dirigentes projetam juros acima de 3%, indicando uma taxa além da neutra, o que sinaliza uma política monetária ligeiramente contracionista.
A nova projeção de inflação em 4,3% no ano versus a projetada de 2,6% é reflexo da oferta e demanda relacionada à pandemia e alta da energia, não descartando um possível aumento do nível de 25 para 50 pontos.
Demonstrando uma postura mais dura para controlar a inflação, Jerome Powell afirmou que a autoridade monetária poderá subir os juros mais rapidamente se necessário. Lembramos que a inflação já quase quadruplica sua meta de 7,5% em Fev21. Powell afirmou também que o mercado pode lidar bem com a alta de juros já que o mercado de trabalho está aquecido.
Copom
O Copom iniciou o ciclo de alta do juros em Março de 2021 e, dadas as falhas e surpresas nas projeções, teve que aumentar o ritmo neste ano de 2022, ainda que estivessem definidas no comitê de outubro do último ano.
Nos três comitês anteriores, o BC subiu 150 pontos, colocando a Selic em 10,75% a.a. Já no comitê deste mês, conforme previsto, subiu 100 pontos, sendo a nona elevação consecutiva, o maior patamar desde abril de 2017, quando a Selic estava em 11,25%.
Agora, estamos com uma Selic de 11,75% com indícios de mais um movimento da mesma magnitude na próxima reunião, ou seja, piso da Selic em 12,75%. Entretanto, há uma margem de encerramento do ciclo de alta na próxima reunião, a depender da hipótese de desinflação rápida, o que parece contrariar a experiência recente.
Preparando-se para cenários positivos ou não tanto, o BC deixou aberta a possibilidade de estender o aperto o quanto for preciso para trazer a inflação para perto da meta de 2023 (3,25%) e renovou o alerta de que as incertezas fiscais elevam o risco de desancoragem das expectativas.
Ainda nesta semana:
Ata do Copom, Relatório Trimestral de Inflação e IPCA-15 de março.
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