Entenda a mudança na meta de inflação aprovada pelo CMN | Lifetime Explica
O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reuniu na quinta-feira (29) para debater as metas de inflação dos próximos três anos, e optou por manter as metas inalteradas em 2024 e 2025, em 3% ao ano. Além disso, foi estipulada a meta de 3% para o ano de 2026.
Contudo, o órgão anunciou uma importante alteração no regime: a adoção da meta contínua no lugar da meta calendário. A mudança foi aprovada por unanimidade, e deve influenciar as próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) para a taxa Selic.
Entenda a diferença entre os dois regimes de metas para a inflação:
Meta calendário: estipula uma meta de inflação para cada ano (ex: 3,25% em 2023), sendo que a inflação acumulada no ano deve ficar o mais perto possível da meta e dentro da margem de tolerância.
Meta contínua: o Banco Central desenha a trajetória para atingir a meta não necessariamente no próximo ano, mas sim dentro do chamado “horizonte relevante”. A tendência é que se trabalhe com um horizonte de cerca de 24 meses, mas a definição do período cabe ao BC.
A adoção da meta contínua deve contribuir para viabilizar o início do ciclo de cortes de juros, uma vez que eventuais picos de inflação no curto prazo passam a ser menos relevantes com um horizonte relevante mais longo.