Lifetime entrevista Catia Stoyan, CEO e fundadora da Stoyan Energia Solar
Atuando desde 1998 no segmento de energia solar, Catia Stoyan iniciou sua jornada empreendedora em 2009, aplicando os conhecimento acumulados em seus anos de atuação pelas multinacionais Siemens Energy e Shell. Formada em administração, com pós-graduação em marketing, Catia vê na energia solar mais do que uma carreira, mas uma missão de vida.
Durante sua participação no Life & Time Cast, a empreendedora compartilhou um pouco de suas experiências, falou sobre sua jornada no empreendedorismo e esclareceu dúvidas sobre a energia solar.
Confira os destaques:
Como aconteceu a chegada da energia solar no Brasil?
[A energia solar] já era muito forte, nessa época, na Alemanha. A Siemens é de origem alemã, e na Alemanha já estava acontecendo, porque lá tinha uma resolução que dizia que se você instalasse energia solar na sua casa, você vendia a energia. […] O que excedesse, você vendia. E o Brasil, com o Sol que a gente tem o ano inteiro, eu acho que eles (Siemens) pensaram: “vamos para lá também”.
Era algo embrionário em 1998, mas era algo bonito de se ver, porque no Brasil a energia solar começou atendendo localidades remotas. Nosso papel era levar energia para lugares onde ela não chegava pelos meios convencionais.
Como se deu a evolução da energia solar no Brasil?
A legislação que trata da energia solar no Brasil foi criada em 2012, mas ela não era tão atrativa, não tinha essa possibilidade de compensação que existe hoje, que qualquer cidadão pode gerar sua própria energia e depois compensar isso na conta de luz.
Isso [a possibilidade de compensação] veio mesmo em 2016, quando começamos a ver um boom no mercado, com várias empresas vindo para o Brasil.
A questão da eficiência [das placas] avançou muito. […] A tecnologia evoluiu muito e o custo caiu muito, porque, até falando da questão ESG, a energia solar vem crescendo muito e a capacidade de produção teve que aumentar nos últimos dois anos.
Em quanto tempo uma placa solar se paga?
No residencial, a gente fala em três anos para o retorno do investimento. E tende a diminuir no tempo. Já caiu bastante, há pouco tempo se falava em 5 anos. No industrial, a gente fala em 8 anos, 7 anos, porque a indústria tem a questão do custo do mercado livre, já que ela compra mais barato.