Análise de Mercado | Comentário Semanal – 08/08/2022
Confira as principais movimentações
01 a 05 de agosto
A semana passada foi marcada por uma surpresa positiva nos EUA, com o mercado de trabalho mais forte deixando o sinal de recessão de lado, além da repercussão da visita dos EUA a Taiwan. No âmbito local, a decisão do Comitê de Política Monetária, foi o centro das atenções com a elevação da Selic para 13,75% ao ano.
Mercado Global
Na zona do euro, a atividade econômica continua a mostrar sinais de deterioração. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, caiu de 52,1 em junho para 49,8 em julho.
O mercado de trabalho nos EUA não dá sinais de recessão, muito pelo contrário, ele se mostrou mais forte, com aberturas de vagas muito mais aceleradas e o crescimento dos salários acima do previsto.
No Reino Unido, o Banco Central da Inglaterra (BoE) eleva taxa de juros em 50 bps (1,75%) em meio a inflação de 9,4%. O BoE também alerta para uma possível recessão no 4º trimestre de 2022.
A repercussão da visita dos EUA a Taiwan pode causar alguns impactos no mercado global, vamos acompanhar o desenrolar dessa história.
Commodities
Do pico da guerra até agora, temos as seguintes quedas:
– Petróleo caiu 34%;
– Índice de Cobre da Bloomberg caiu 39%
– Índ.CRB caiu 7,5%;
– Índice de Minério cai 47%
Entendemos que países bem posicionados irão se beneficiar de uma valorização substancial das commodities amplamente empregada na produção, transporte e consumo de bens.
Como consequência, temos o aumento do volume de exportações, dos preços e, provavelmente, mudanças na carteira global de investidores.
Projeções:
Como projeção entendemos que a energia permanecerá alta até meados de 2023, em consequência dos riscos geopolíticos. Em contrapartida, os elevados preços do petróleo e a alta demanda esperada por alimentos favorecem as commodities agrícolas. Com relação aos metais, o Brasil será beneficiado com a restrição de oferta no mercado global.
Brasil – Selic / Inflação
Permanece em aberto a possibilidade de um novo aumento de menor magnitude na reunião do dia 20 e 21 de setembro pelo Banco Central. Este novo aumento dependerá da expectativa da inflação para o final de 2023, pois, lembramos que o BC estourou o teto da meta em 2021, provavelmente irá estourar em 2022 e, obviamente, não quer estourar em 2023.
•2022 de 8,8% para 7,2%;
•2023 de 4,7% p/ 5%
Dado as mudanças que o governo tem feito e que refletem na inflação de curto prazo, o BC resolveu mudar o período das suas projeções para acumulada em 12 meses no 1º trimestre de 2024. Com as informações de hoje, o modelo do BC aponta uma convergência gradual com 3,5% de inflação no 1º trimestre de 2024 e 2,7% no final de 2024, considerando um juro terminal de 13,75% e um câmbio de USD 5,30.
A dúvida que paira atualmente é se o BC seguirá com mais um aumento, dessa vez de 0,25% ou se aguarda os efeitos das recentes altas. Entendemos, que o BC pode esperar e avaliar os efeitos dessa política fiscal e, também, os efeitos desse longo ciclo de alta de juros.
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