Análise de Mercado | Comentário Semanal – 13/09/2022
Confira as principais movimentações
05 a 09 de setembro
No cenário internacional, expectativas sobre projeções do FOMC dividem economistas e investidores nos EUA e, enquanto isso, o BCE mostra-se empenhado em controlar o surto inflacionário na zona do euro. No âmbito local, possível terceira deflação seguida com um novo corte no combustível, confira mais destaques dessa semana.
Petróleo
Nesta semana, saiu o estoque de petróleo bem maior do que o esperado. Dito isso, se analisarmos a expectativa de menor crescimento e a possibilidade de maior oferta (entrada de novos ofertantes), chegamos à conclusão de uma queda no curto prazo.
Lembramos que o estoque do petróleo conta com a reserva de emergência da Casa Branca, isso fica claro olhando o estoque da gasolina. Há indícios de uma possível recessão (maior), como também da possibilidade de novos ofertantes estarem ditando o ritmo.
EUA – Treasury
Nota-se que depois de um discurso mais forte do presidente do Fed, o mercado precifica alta de 0,75% para aproxima reunião.
Reforçamos o monitoramento do CPI, o mercado de trabalho e os pedidos contínuos de auxílio desemprego.
Economistas e investidores seguem divididos sobre os próximos passos.
EUA – Juros Projeção FOMC
Os diretores do Fed estão com opiniões divididas em relação a alta de juros.
O mercado tem trabalhado com uma alta de juros americanos para este mês de 0,75% e para o decorrer de 2023 finalizando com um nível, por volta de, 4%.
Estamos aguardando o CPI para ratificar essa expectativa, que sairá na terça-feira, dia 21 de setembro.
Libra
O Banco Central da Inglaterra (BoE), decidiu adiar a decisão de política monetária que ocorreria no dia 15 para o dia 22 de setembro, em respeito ao luto pela morte da rainha Elizabeth.
Europa
O Banco Central Europeu (BCE) subiu os 0,75%. Dirigentes do BCE mostram-se empenhados em controlar o surto inflacionário na zona do euro, aumentando os juros acima da taxa neutra.
Destaque para ações de Bancos diante do aperto de juros
Falamos algumas vezes de importar inflação, que, neste momento, precisávamos de uma sincronia e entendemos que o BCE deu um excelente sinal.
Neste momento é bem difícil saber se a economia entrará em recessão e por qual motivo: se pela taxa de juros ou pelos preços de energia.
Áustria
O Governo anunciou planos para um limite de preços no setor de energia, no qual deve reduzir custos para o consumidor. E para financiar a medida, proverá cerca de 3 a 4 bi de euros, que entrará em vigor em dezembro de 2022, com duração até junho de 2024.
China – CPI
A incerteza no país é bem alta. O índice de preços ao consumidor (CPI), desacelerou inesperadamente, lembramos que o preço do produtor (PPI) já tinha saído também mais fraco.
Em tese, esses indicadores podem dar margem aos estímulos na economia chinesa.
Brasil – Curva Pré, à vista, 5 a 30 dias
Na semana, tivemos falas de autoridades do BC, que nos dá a entender uma tentativa de ajustar a precificação de corte futuro, pois esse corte está bem precificado na curva de juros.
Brasil – Curva NTNB, à vista, 5 a 30 dias
Nota-se que a curva intermediária piorou com os dados de deflação ou inflação menor à frente.
Analisamos a curva NTNB como forma de segurança para inflação fora da banda, como também os juros reais por um período mais longo.
Em um mercado normal, falar em juros reais acima de 5% é um excelente prêmio, pois você tem NTNB acima de 5,5% e título privado.
Projeção IPCA
Podemos ter a terceira deflação seguida com um novo corte no combustível. Pois, essa queda atual de -0,36% no IPCA, foi puxada pelo combustível.
A composição da queda não é boa, porém ajuda a manter o índice para baixo.
Como ainda temos uma inflação acima da meta, há a possibilidade (bem pequena na nossa visão) do BC ainda dar andamento no ciclo de alta. No entanto, entendemos que o ciclo está sendo bem intenso e tem muito efeito ainda para acontecer, logo, o BC encerrou este ciclo em 13,75% e para frente aguardará os dados econômicos.
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