IBC-Br recua 0,06% em outubro: confira nossa visão
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,06% em outubro, ligeiramente abaixo do que indicavam as projeções, reforçando a perspectiva de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo semestre deste ano. O indicador acumula alta de 2,36% no ano e de 2,19% em 12 meses.
Em setembro, o indicador que que busca mensurar o crescimento da atividade econômica no Brasil, também recuou 0,06%, frustrando as projeções, que esperavam um crescimento de 0,20% no período.
Com resultados mais fracos do que o esperado nos últimos meses, principalmente diante da desaceleração do agronegócio, a expectativa é de que o Brasil tenha um crescimento do PIB significativamente mais fraco na segunda metade do ano do que o registrado no primeiro semestre.
Visão da Lifetime sobre o IBC-Br
Apesar da desaceleração, a economia brasileira deve fechar 2023 com um crescimento em torno de 2,90% a 3%, muito maior do que era esperado no início do ano, quando as projeções indicavam um crescimento de 0,80%, o que reforça uma perspectiva positiva para 2024.
Acreditamos que, apesar dos desafios que seguem no radar, principalmente no campo fiscal, o Brasil se destaca como o melhor país emergente em termos de investimento, e essa percepção pode ser observada na elevação do rating do país pela S&P, de BB- para BB, ainda no grau especulativo, mas considerado menos vulnerável.
Caso o Brasil seja bem-sucedido no enfrentamento do problema fiscal e consiga levar adiante a agenda de reformas, é possível vislumbrar uma nova elevação no rating do país, o que deve trazer mais segurança para os investidores estrangeiros e atrair um maior fluxo de capital estrangeiro em direção ao nosso mercado, principalmente tendo em vista a possibilidade de cortes de juros nas economias avançadas ainda em 2024.