IPCA vem em linha com o esperado em novembro e inflação desacelera para 4,68% em 12 meses
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,28% em novembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), número praticamente em linha com as projeções, que indicavam uma inflação de 0,30% no período. Com esse resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses recuou para 4,68%, ante 4,82% na leitura anterior.
Com a inflação seguindo a trajetória de desaceleração gradual projetada pelas autoridades monetárias, ganham ainda mais força as apostas em um corte de juros da magnitude de 0,50 ponto percentual na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2023, que termina na quarta-feira (13). Caso a decisão seja confirmada, a Selic ficará em 11,75% ao ano.
A inflação veio ainda ligeiramente abaixo do que indicava o IPCA-15 de novembro, que teve alta de 0,33%.
IPCA de novembro por grupos
Seis dos nove grupos que compõem o IPCA tiveram alta em novembro, enquanto os outros três registraram deflação.
O grupo “alimentação e bebidas” teve a maior inflação do período, com alta de 0,63%, influenciado principalmente por questões climáticas. Dentro desse grupo, merecem destaque o aumento dos preços de itens como a cebola (26,59%), a batata-inglesa (8,83%), o arroz (3,63%) e as carnes (1,37%).
“Despesas pessoais” e “habitação” também contribuíram para a alta do IPCA em novembro, subindo 0,58% e 0,48% respectivamente. O grupo “transportes” teve alta de 0,27%, “saúde e cuidados pessoais” subiu 0,08% e “educação” teve leve alta de 0,02%, se mantendo praticamente estável.
Na outra ponta, “comunicação” teve deflação de 0,50% no mês, enquanto os preços de “artigos de residência” cederam 0,42%. Por fim, o grupo “vestuário” teve queda de 0,35% em novembro.