Payroll: EUA geram mais empregos do que o esperado e desemprego cai para 3,7%
Os Estados Unidos geraram 199 mil empregos nos setores não-agrícolas da economia em novembro, de acordo com dados do payroll, relatório de emprego divulgado pelo Departamento de Trabalho. O número superou as projeções, que indicavam a criação de 180 mil empregos no período.
Dessa forma, a taxa de desemprego nos Estados Unidos recuou de 3,9% em outubro para 3,7% no último mês, reforçando a resiliência do mercado de trabalho norte-americano, mesmo diante da política monetária mais contracionista que vem sendo implementada pelo Federal Reserve (Fed) para conter a inflação.
A remuneração média por hora trabalhada dos empregados do setor privado não-agrícola nos EUA cresceu 0,4% em novembro, chegando a US$ 34,10. Nos últimos 12 meses, a remuneração média teve alta de 4%. Já a média de horas trabalhadas por semana subiu para 34,4, ante 34,3 na leitura anterior.
Impacto do payroll nos mercados
Com um mercado de trabalho aquecido e o rendimento médio do trabalhador crescendo a despeito do aperto monetário conduzido pelo Fed, cresce a preocupação com a possibilidade de que os juros sejam mantidos em patamares elevados por mais tempo. Isso porque com mais profissionais empregados e salários mais altos, persiste certa pressão inflacionária, o que tende a fomentar uma postura mais cautelosa das autoridades monetárias.
Investidores reagiram de forma ligeiramente negativa à divulgação do payroll, mas ainda é cedo para tirar conclusões a respeito da condução da política monetária nos EUA em 2024. O Fed seguirá monitorando os dados de inflação, que têm arrefecido, aguardando sinais mais claros de convergência para a meta de 2% ao ano.