IPCA-15 tem alta de 0,21% em outubro puxado por passagens aéreas e apps de transportes
O IPCA-15 registrou uma inflação de 0,21% entre os dias 16 de setembro e 15 de outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado veio ligeiramente acima das projeções (+0,20%), mas ainda é considerado positivo pelo mercado, uma vez que o grupo “transportes”, principal responsável pela alta, foi puxado por fatores pontuais como a alta das passagens aéreas e dos preços de aplicativos de transporte.
O indicador recuou com relação a setembro, quando registrou alta de 0,35%, na esteira da forte alta dos combustíveis, principalmente da gasolina. O novo recuo do indicador, aliado ao corte no preço da gasolina que entrou em vigor no dia 21 de outubro, sinalizam uma nova desaceleração da inflação em outubro, após o IPCA ter saído da margem de tolerância da meta em setembro, acumulando alta de 5,19% nos últimos 12 meses.
IPCA-15 em grupos
Sete dos nove grupos que compõem o IPCA-15 registraram alta dos preços em outubro, com destaque para o grupo “transportes”, que avançou 0,78%. Os combustíveis, que normalmente são os responsáveis pela alta do grupo, tiveram leve queda de preço no período, porém a disparada de 23,75% dos custos de passagens aéreas e a alta de 5,64% dos preços de transportes por aplicativo pesaram sobre os custos dos transportes.
“Vestuário” teve alta de 0,33%, enquanto “despesas pessoais ” avançou 0,31%. “Saúde e cuidados pessoais” e “habitação” foram outros grupos que tiveram aumentos dos preços no mês, subindo 0,28% e 0,26%, respectivamente. Com altas menos expressivas, tivemos ainda “educação” (+0,07%) e “artigos de residência” (+0,05%).
Por outro lado, o grupo “alimentação e bebidas” recuou 0,31% no mês, com queda nos preços do leite longa vida (-6,44%), do feijão-carioca (-5,31%) e do ovo de galinha (-5,04%). “Comunicação”, por sua vez, recuou 0,29% em outubro.