Copom corta Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por dar início ao ciclo de baixa da Selic, a taxa básica de juros da economia, promovendo um corte de 0,50 ponto percentual, o que levou a taxa a 13,25% ao ano.
A decisão foi tomada após o IPCA registrar deflação de 0,08% em junho, o que levou a inflação acumulada nos últimos 12 meses ao patamar de 3,16%, próxima ao centro da meta de inflação atualmente perseguida pelo Banco Central (BC).
Além disso, o IPCA-15, indicador visto pelo mercado como a prévia da inflação oficial, recuou 0,07% em julho, sinalizando mais um mês de alívio inflacionário.
O corte foi maior do que indicavam as estimativas, que apontavam uma redução de 0,25 ponto percentual, para 13,50% ao ano. Ao longo dos próximos meses, o Banco Central seguirá acompanhando a evolução dos dados inflacionários, podendo promover novos cortes caso o cenário seja positivo, visando o cumprimento da meta dentro do horizonte relevante.
Vale lembrar que o Conselho Monetário Nacional (CMN) promoveu recentemente uma mudança no regime de metas de inflação seguido pelo BC, a adoção da meta contínua no lugar da meta calendário, decisão que facilita a redução dos juros, uma vez que reduz a preocupação com as oscilações da inflação no curto prazo.
Impacto do corte da Selic no mercado
A redução dos juros deve favorecer investimentos em renda variável no médio prazo, uma vez que a Selic mais baixa torna a rentabilidade de ativos como ações e fundos imobiliários relativamente mais atrativa com relação aos investimentos em renda fixa.
Contudo, vale lembrar que os juros seguem em um patamar relativamente alto, e com uma taxa de juros de 3,16% nos últimos 12 meses, seguimos encontramos investimentos seguros em renda fixa que oferecem uma taxa de juros real (juro nominal descontada a inflação) de mais de 10% ao ano.
Apesar de o impacto inicial não ser tão significativo, o início do ciclo de cortes nos juros sinaliza o momento ideal para se atentar às oportunidades na Bolsa brasileira.