IPCA avança 0,23% em agosto com forte deflação em alimentos e bebidas
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,23% em agosto deste ano, ligeiramente abaixo das projeções, que indicavam alta de 0,28% no período. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou em 4,61%, contra estimativas que indicavam 4,67%.
Apesar de o resultado ter vindo abaixo do esperado, a inflação anualizada voltou a acelerar, saindo de 3,16% em junho deste ano, número em linha com a meta do Conselho Monetário Nacional, para 4,61%, acima do teto da meta. Vale lembrar que a meta de inflação atual é de 3% ao ano, com margem de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
Por hora, essa aceleração da inflação não deve exercer forte influência nas decisões do Banco Central acerca do ciclo de cortes de juros iniciado na última reunião, tendo em vista as mudanças no regime de metas de inflação realizadas recentemente, que permitem que as autoridades monetárias sejam mais tolerantes com relação a altas pontuais do IPCA.
Destaques do IPCA de agosto
Em agosto, seis dos nove grupos que compõem o IPCA registraram alta, enquanto os três grupos restantes tiveram deflação.
Entre as altas, destaca-se o grupo “habitação”, que avançou 1,11% no mês, seguido por “educação”, com avanço de 0,69% no período. Outros grupos que registraram alta foram “saúde e cuidados pessoais” (+0,58%), “vestuário” (+0,54%), “despesas pessoais” (+0,38%) e “transportes” (+0,34%).
Por outro lado, o principal destaque entre as quedas ficou com o grupo “alimentação e bebidas”, que recuou 0,85% no mês. “Comunicação” e “artigos de residência” registraram recuos mais tímidos, de 0,09% e 0,04%, respectivamente.